sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Referência bibliográfica:

CMMAD - Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso FuturoComum. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. da Fundação Getúlio Vargas, 1991 XVIII, 430p.

Resenha da Parte 4. Páginas 289 a 393.

Conteúdo da Resenha:

O equilíbrio da vida no planeta Terra vem dos oceanos, eles cobrem mais de 70% da superfície e desempenham papel fundamental na manutenção nos sistemas de sustentação da vida, no abrandamento do clima e na conservação da fauna e da flora. Os oceanos proporcionam proteína, transporte, energia, emprego, lazer e outras atividades sociais, econômicas e culturais.
A poluição causada pelo escoamento de esgotos domésticos, rejeitos industriais, praguicidas e fertilizantes podem ameaçar não só a saúde humana como também o desenvolvimento de zonas pesqueiras.
O desenvolvimento sustentável, senão a própria sobrevivência, depende de avanços significativos no campo da administração dos oceanos. Serão necessárias grandes mudanças em nossas políticas e instituições, e terão de ser investidos mais recursos na administração dos oceanos.
No tocante ao alto-mar, fora de jurisdição nacional, a ação internacional é essencial.
Os governos de países litorâneos deveriam rever urgentemente as exigências legais e institucionais para a administração integrada de suas ZEE, e também o papel que devem desempenhar nos acordos de cooperação internacional.
O espaço cósmico pode desempenhar papel vital para garantir condições de habilidade permanente na Terra, sobretudo através do uso da tecnologia espacial para monitorar os sinais vitais do planeta e ajudar o ser humano a proteger sua saúde.
O futuro do espaço como recurso não dependerá tanto da tecnologia, mas da lenta e difícil batalha para criar instituições internacionais competentes para administrar esse recurso. Dependerá da capacidade do homem evitar uma corrida armamentista no espaço.
O continente antártico está submetido, há mais de uma geração, a um regime de cooperação multilateral que garante a sua proteção ambiental. O Tratado Antártico deu ensejo a uma série de iniciativas importantes que visam a dois objetivos primordiais: preservar a Antártica apenas para usos pacíficos, proibindo qualquer atividade militar, testes de armas, explosões nucleares e deposição de rejeitos radiativos; e estimular a pesquisa científica e a cooperação internacional para esse fim.
Dentre os perigos que ameaçam o meio ambiente, o mais grave é sem dúvida a possibilidade de uma guerra nuclear, ou de um conflito militar de menor escala que envolva armas de destruição em massa. Alguns aspectos das questões relativas à paz e à segurança têm ligação direta com o conceito de desenvolvimento sustentável.
Pobreza, injustiça, deterioração do meio ambiente e conflito interagem de modos complexos e poderosos. Um dos motivos de crescente preocupação para a comunidade internacional é o fenômeno dos “refugiados ambientais”. A causa imediata e aparente de qualquer movimento maciço de refugiados pode ser a sublevação política e a violência militar. Mas entre as causas subjacentes incluem-se com freqüência a deterioração da base natural de recursos e sua capacidade de manter a população.
Além dos problemas interligados de pobreza, injustiça e pressão ambiental, a competição por matérias-primas, terra e energia não-renováveis também pode criar tensões.
A corrida armamentista e o conflito armado criam grandes obstáculos ao desenvolvimento sustentável. Exigem em demasia recursos materiais escassos. Apropria-se de recursos humanos e de riquezas que poderiam ser utilizados para combater o colapso dos sistemas ecológicos, a pobreza e o subdesenvolvimento que, juntos, tanto contribuem para a insegurança política atual. Podem criar um estado de espírito desfavorável à cooperação entre nações que, por sua interdependência ecológica e econômica, precisam superar antipatias nacionais ou ideológicas.
Os bens comuns a todos não podem ser geridos a partir de um centro nacional; o estado-nação não basta quando se trata de lidar com ameaças a ecossistemas que pertencem a mais de um país. Só é possível lidar com as ameaças à segurança ambiental através de administração conjunta e de processos e mecanismos multilaterais.
Qualquer tentativa de manter a estabilidade social e ecológica por meio dos velhos métodos de desenvolvimento e proteção ambiental acentuará a instabilidade. É preciso buscar segurança através de mudanças, e as agências internacionais têm papel importante no que tange a efetivar tais mudanças.
Descobrir as origens, lidar com os efeitos, avaliar os riscos globais, fazer opções com base segura, fornecer os meios legais e investir em nosso futuro; essas prioridades são as principais diretrizes da mudança institucional e legal necessária à transição para o desenvolvimento sustentável.
O desenvolvimento sustentável só ocorrerá através da cooperação internacional e de regimes de consenso para supervisão, desenvolvimento e administração dos interesses comuns.
Matéria Jornalística:

http://www.viajeaqui.abril.com.br/ng/noticias/113089_noticias.shtml?MA
Data da Publicação: 29/10/2008

Na última quarta-feira (29/10/2008), foi publicada uma matéria na Internet, com o seguinte tema: Desmatamento na Amazônia cresce 134%. “Durma-se com um barulho deste!!!”
Assunto: Meio Ambiente
Título: Desmatamento na Amazônia cresce 134%
Fonte: Abril.com
Resumo:

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgou nesta Quarta-feira (29/10/2008), um aumento de 134% em um mês, na extensão do desmatamento na Amazônia. O Inpe registrou 756 km de novas áreas desmatadas.
Este é o terceiro mês consecutivo em que o Estado do Pará é visto como tendo a maior devastação territorial. Em Agosto foram 435,270 km de desmatamento no Estado, o que equivale a 57% do total.
O Inpe também informou que apenas 74% da Amazônia pode ser vista por satélite. Isto porque devido ao período de chuvas as nuvens dificultam a visualização.
Aguardamos para a próxima Segunda-feira, uma nova divulgação de uma lista contendo os cem maiores devastadores da Amazônia, assim foi dito pelo Ministro do Meio Ambiente o Sr Carlos Minc.
Análise Crítica:
Quanto mais nos tornamos conscientes que a vida em nosso planeta esta terrivelmente ameaçada por diversos fatores frutos do descaso total do homem com a qualidade futura da vida, matérias como esta só agravam nossas ansiedades e desespero.
O enfoque jornalístico foi nos números, o que nos faz ter uma idéia bastante sombria da situação. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi registrado 756 km2 de novas áreas desmatadas. O Pará foi indicado como o estado com maior devastação, cerca de 57% do total.
O que mais será preciso para chamar a atenção e tocar as consciências dos que estão cavando suas próprias sepulturas e de gerações futuras?
É vergonhosa a situação destas regiões quando são apontadas por reportagens como esta, que ainda chamou nossa atenção para um detalhe gravíssimo, o descaso para com a sustentação da vida em nosso planeta é tanto que aproveitam-se dos períodos das chuvas, quando os satélites não conseguem capturar imagens precisas para cometerem este crime contra a natureza.
A matéria concluiu dizendo que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, divulgará a lista dos cem maiores desmatadores da Amazônia. Se isto servir para causar vexame – a matéria terá atingido um grande objetivo – acordar as consciências cauterizadas por interesses triviais em detrimento ao maior bem comum – a vida!


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