sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Referência bibliográfica:
CMMAD - Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso FuturoComum. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. da Fundação Getúlio Vargas, 1991 XVIII, 430p.

Resenha da Parte I, páginas 5 a 100.

Conteúdo da resenha:
Apesar da crescente interação econômica das nações, elas ainda consideram pouco o impacto que causam sobre os demais.

Pobreza, crescimento, sobrevivência e crise econômica são sintomas e causas do problema. Tanto a prosperidade dos países ricos, somente preocupada com o curto prazo, quanto a pobreza dos países em desenvolvimento, que obriga a utilização excessiva dos recursos ambientais, são sérios entraves para o desenvolvimento sustentável. O “efeito estufa”, o desflorestamento, a possibilidade de uma guerra nuclear, dentre outras, devem ser considerados mais seriamente para a sobrevivência do homem. Hoje não é só o desenvolvimento que ameaça o meio ambiente, mas também a degradação deste que ameaça aquele.

O desenvolvimento sustentável procura atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de atendê-las no futuro, tanto aumentando o potencial de produção quanto assegurando a todos as mesmas oportunidades. Promove valores para a adequação do consumo da evolução demográfica com as possibilidades ecológicas. Trata-se de um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro.

A educação, o desenvolvimento das instituições e o fortalecimento legal poderiam fazer as pessoas a agir no interesse comum, porém muitos dos problemas de destruição de recursos resultam de disparidades no poder econômico e político. Somente com a cooperação internacional será possível fazer valer o interesse comum, tendo em vista que as áreas de jurisdição política não coincidem com as áreas de impacto.

É necessário retomar o crescimento, mas também mudar o seu teor, a fim de torná-lo menos intensivo de matérias-primas e energia, e mais eqüitativo em seu impacto. O aumento da população mundial gera a necessidade de mais alimentos, mas aumentar a produção por si só não é suficiente, sendo necessário estabilizar o tamanho da população num nível coerente com a capacidade produtiva. A tecnologia deve ser reorientada para a produção de “bens sociais” como produtos mais duráveis, ou resolver os problemas dos custos externos da poluição.

Para que os intercâmbios internacionais beneficiem a todos, é preciso garantir a manutenção dos ecossistemas dos quais todos dependem e os parceiros têm de estar convencidos de que o intercambio se processa numa base justa. Cada vez mais os credores estão percebendo que muitos países em desenvolvimento (devedores) simplesmente não terão condições de manter o serviço de suas dívidas, a menos que o ônus seja diminuído.

Se os países em desenvolvimento quiserem conciliar a necessidade de um crescimento rápido das exportações com a necessidade de conservar a base de recursos, é imperativo que suas exportações não-tradicionais tenham acesso aos mercados dos países industrializados, onde desfrutam de vantagem comparativa.

A Comissão avalia que a economia internacional deve acelerar o crescimento mundial, respeitando porém as limitações ecológicas, e confia que os mútuos interesses envolvidos possam contribuir para criar e manter o impulso necessário às mudanças.

Conclusão do resenhista:
A Comissão apresenta não só os problemas ecológicos que assolam o mundo e sua inter-relação com a economia, mas também sugestões concretas para a resolução dos mesmos. Sua análise realista e ricamente fundamentada em dados estatísticos aliada a uma argumentação lógica exata é um clamor à humanidade. Clamor este que se não atendido no tom de urgência no qual é feito, prenuncia não um futuro desagradável, mas a ausência de qualquer futuro.

O que se pode ressaltar na obra é que, diferentemente de muitas outras que procuram inocentar uns e acusar outros, esta trata de colocar a responsabilidade pelo futuro do planeta nos ombros de todos os países.

A confiança que a Comissão expressa no final pode ser considerada por muitos como uma ilusão em face da realidade presente, mas está firmemente fundamenta nas suas inquestionáveis palavras iniciais “Todos nós dependemos de uma biosfera para conservarmos nossas vidas”. (pg 29, ênfase do resenhista).
Identificação da matéria:
Resumo da matéria:
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) através de ações de orientação de plantio, adubação, combate as pragas, sem utilização de agrotóxicos, vem demonstrando a importância da aplicação e valorização de parcerias promovendo o desenvolvimento sustentável, seja no campo ou nas cidades.

Uma de suas aliadas é a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), de Canápolis, que a partir do trabalho de inclusão social, focado na recuperação dos presos, promove a valorização de pessoas, gestão participativa, fortalecendo a cadeia produtiva da agricultura e pecuária, segurança alimentar, conseqüentemente, melhorando a qualidade de vida das pessoas.

Os benefícios desta parceria ficam evidentes quando verificamos o aproveitamento do trabalho e a produtividade gerada pelos presos, que além da utilização para consumo próprio, distribuem os alimentos, alcançando outros moradores, como crianças e portadores de necessidades especiais. O excedente é vendido e com o dinheiro arrecado é investido na manutenção da horta e na produção de mudas de hortaliças para venda.

Identificamos o fortalecimento da parceria somado as contribuições da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Apac de Canápolis, qualificando a produção dos produtos orgânicos.

A empresa tem como objetivo maior, trabalhar no planejamento e na implementação de programas e projetos que visem à instrução da justiça e a inclusão social.
Análise crítica:
A partir da matéria identificada na internet, percebemos um ponto comum, de extrema importância e que de forma responsável é tratada no livro, constituído na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CMMAD.
Entendemos que a proposta e ação realizada pela EMATER-MG, propõe, através da criação de parcerias, introduzir e incentivar o desenvolvimento sustentável direcionado, na qual, a empresa entra com toda a sua experiência, capacidade financeira e disponibilidade em realizar esta união com determinados setores da sociedade.
Como exemplo temos uma transformação positiva ocorrida na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados(Apac), onde a ociosidade dos presos, a mão de obra, o ambiente disponível, são convertidos em produtividade, valorização e recuperação humana pela inclusão social, pelo plantio de alimento orientado e acompanhado pela EMATER-MG e pelos benefícios gerados em um raio as vezes inimaginável.
Entendemos que as grandes mudanças mundiais começam nas pequenas ações, como este exemplo de parceria entre a EMATER-MG e Apac. Acreditamos que a conscientização dos países e o propósito de formar parcerias a nível mundial com a finalidade de realizar um desenvolvimento sustentável, seria uma das grandes soluções para vida humana e de nosso planeta.